quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Produção industrial está bem abaixo de seu histórico

Para Mantega, porém, produção industrial está dando uma virada e vai melhorar no segundo semestre

Linha de produção de tratores da Randon Veículos
Linha de produção de tratores da Randon Veículos (Daniela Xu)
Apesar do crescimento mensal, a produção industrial está bem abaixo de seu histórico, segundo o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Durante a apresentação da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), a taxa hoje está 5,6% abaixo do ponto mais alto da série, iniciada em 1991, que foi registrado no fim do primeiro trimestre do ano passado.
Para Macedo, as medidas adotadas pelo governo para incentivar o consumo podem ser sentidas mais nas vendas do que na produção propriamente dita, o que pode ser um indicativo de que o momento é de queima de estoque, mais do que de alta da produção.
"Há uma série de medidas do governo que contribuem, mas quando se olha a produção no ano há um quadro negativo e permanece a entrada de produtos importados. O crescimento de 0,2% é um dado positivo, mas é preciso aguardar para ver como o setor industrial irá se comportar daqui para frente", afirmou o economista do IBGE.
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'Ponto de inflexão' - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que a produção industrial passa neste momento por um "ponto de inflexão". Segundo o IBGE, a indústria brasileira cresceu 0,2% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, e caiu 5,5% em junho ante igual mês de 2011.
"A produção industrial está dando uma virada, depois de crescimento negativo por vários meses seguidos", afirmou Mantega. "Daqui para frente, vamos ter resultados melhores", previu, ao chegar à sede do Ministério da Fazenda, após encontro com a presidente Dilma Rousseff.
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Incentivos - Em sua visita à Londres (Grã-Bretanha), a presidente Dilma Rousseff anunciou que em agosto e setembro irá divulgar novas medidas para promover o crescimento. Uma delas é a redução do chamado "custo Brasil", o que incluiria o custo mais baixo de energia elétrica, políticas de investimento em transporte e uma maior desoneração.
Segundo informações do Valor Econômico, a presidente Dilma Rousseff quer convencer os governadores a aderirem à redução da tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica, assim como já fez com o PIS-Cofins.

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