quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Motoboys têm até fevereiro de 2013 para fazer curso, diz Contran

Decisão foi anunciada na noite desta quinta-feira (2), após protestos em SP.
Além disso, órgão autorizou realização do curso de capacitação à distância.

Do G1 SP
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O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou na noite desta quinta-feira (2) que motoboys e mototaxistas terão até fevereiro de 2013 para fazer o curso de capacitação que será obrigatório para exercer a profissão. A fiscalização do cumprimento da exigência estava prevista para começar no sábado (4). A opção pelo adiamento foi tomada depois de uma série de protestos da categoria com bloqueios em vias de São Paulo e de um pedido de liminar contra a medida.
No entender dos conselheiros do Contran, a maioria dos condutores de motocicletas ainda não conseguiu se adequar às novas regras. Por isso, decidiram pelo adiamento da data do início da fiscalização. A exigência do curso foi estabelecida por resolução de 2010.
Além disso, o Contran decidiu aumentar o rol de entidades que poderão oferecer os cursos especializados. Atualmente, o serviço só é realizado pelos Departamentos Estaduais de Trânsito e pelo Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).
Agora, os cursos poderão ser promovidos também pelos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e por entidades de ensino, desde que comprovada a capacidade técnica necessária. E o curso agora poderá ser realizado tanto de forma presencial, quanto por ensino à distância. O objetivo é facilitar o acesso dos motociclistas ao treinamento.
Protestos
Em São Paulo, a Polícia Militar (PM) precisou usar bombas de efeito moral para dispersar pontos de interdições no trânsito causadas por protestos de motoboys. De acordo com a sala de imprensa da PM, agentes da Força Tática e das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) começaram a realizar ações para desobstruir a Marginal Pinheiros por volta das 18h30. No horário, havia bloqueio na altura da Ponte Eusébio Matoso, no sentido Interlagos, na altura do Jóquei Clube. O protesto foi dispersado após bombas serem jogadas pelos policiais.
Um dos manifestantes foi retirado do grupo pela PM durante bloqueio na Marginal Pinheiros (Foto: Reprodução/ TV Globo)Um dos manifestantes foi retirado do grupo pela
PM durante bloqueio na Marginal Pinheiros (Foto:
Reprodução/ TV Globo)
Na altura da Ponte João Dias, também foram usadas bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Mais cedo, por volta das 17h, ao menos um motoboy foi detido quando o grupo se concentrava na região da Ponte Estaiada.

Pedido de liminar
O sindicato dos motoboys de São Paulo entrou com pedido na Justiça Federal, em Brasília, nesta quinta, para suspender o início da fiscalização do curso obrigatório para o exercício da profissão.
Segundo a associação, apesar de a lei ter sido sancionada há dois anos, os cursos começaram a ser ministrados há seis meses. Além disso, o sindicato diz que há mais candidatos à realização do curso do que vagas disponíveis.
De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o curso já ministrado há um ano pela rede Sest/ Senat em 23 unidades em todo o estado. O órgão informou ainda que Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) liberou o credenciamento de órgãos executivos de trânsito municipais para a ministração do curso. Com isso, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) irá promover o curso de motofrete aos condutores habilitados no município, o que deverá aumentar a oferta de vagas.

De acordo com o Detran, essa lei existe desde 2010 e este sábado foi o prazo limite estipulado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para adequação à nova regra. A partir desta data, teria início a fiscalização em todo o país. Em São Paulo, ela será feita pela Polícia Militar. Para se adequar a todas as mudanças, o motociclista terá que desembolsar cerca de R$ 680 para pagar o curso, os artigos obrigatórios e as taxas do Detran.

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