quarta-feira, 20 de junho de 2012


junho 17, 2012 - Deixe seu recado!

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prezados,
18 de junho (segunda-feira), pela manhã, embarco para uma viagem de duas semanas com grandes & queridos amigos, onde comemorarei as minhas 36 primaveras a serem vencidas no dia 24 de junho, domingo próximo.
para a viagem não levarei computador, de modo que o meu acesso à máquina, durante esse período, será restrito. pode ser que não consiga publicar coisa alguma nestas duas semanas de viagem. levarei pelo menos 2 livros & penso em aproveitar parte do tempo para preparar, ao menos, uma publicação para o “prosa em poema”.
retorno ao rio de janeiro no dia 2 de julho, e, com o retorno, à regularidade de, no mínimo, uma publicação semanal.
aproveito o aviso para deixar-lhes uma bela prosa poética, prosa que realça o encanto de estâncias onde se avistam todos os movimentos dos que partem & dos que voltam, dos que ainda têm a  força de querer, dos que ainda têm o desejo de viagens ou de riquezas.
as minhas riquezas: sempre ligadas ao bem-estar do ser.
e comigo sempre esta certeza: as viagens são os viajantes.
beijo todos!
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(do livro: Poesia e Prosa – Volume único. autor: Charles Baudelaire. organização: Ivo Barroso. tradução: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. editora: Nova Aguilar.)
XLI
O PORTO


O PORTO é uma estância encantadora para a alma fatigada pelas lutas da vida. A amplitude do céu, a movediça arquitetura das nuvens, as colorações cambiantes do mar, a cintilação dos faróis, constituem um prisma singularmente adequado a recrear os olhos sem nunca os entediar. As formas esbeltas dos navios, de complicadas enxárcias, aos quais o marulho imprime oscilações harmoniosas, servem para entreter na alma o gosto do ritmo e da beleza. E, sobretudo, há uma espécie de prazer misterioso e aristocrático, para aquele a quem já não resta curiosidade nem ambição, em contemplar, esquecidamente, deitado no miradouro ou debruçado no quebra-mar, todos os movimentos dos que partem e dos que voltam, dos que ainda têm a força de querer, o desejo de viagens ou de riquezas.

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